Noites em que sombras fogem da escuridão.
Escondem-se em cantos!
Escondem-se em pensamentos!
Querem levar a loucura e o desejo,
querem desorientar o beijo,
para o massacre da solidão..
Noites que metamorfam sentimentos passados,
que do mundo foram apartados.
Noites que jazem da nascente,
que se espelham no jazigo,
Noites que se agitam pela corrente,
que saúdam o caminho comigo.
Noites de tristezas, mágoas, mas afagos.
Noites de caminhos trocados, loucos, mas pensados.
Noites de farsas, mentiras e erros cometidos.
Noites de regressos enganados, de saberes adquiridos.
Noites trocadas, mas sagradas.
Sangue profano,
fluindo,
purificando,
cada consumo de veneno,
que se tornou heresia,
nesta noite vadia.
Acontece em noites tardias,
a sombra do que se diz amante.
Queimando na tortura,
queimando o flagelante,
queimando a tristeza, tornando-a ternura,
traduzindo a luz que me encaminha para a doce loucura:
uma réstia de felicidade que ainda perdura!!