
Outros terão um lar, quem saiba, amor...
Outros terão
Um lar, quem saiba, amor, paz, um amigo.
A inteira, negra e fria solidão
Está comigo.
A outros talvez
Há alguma coisa quente, igual, afim
No mundo real.
Não chega nunca a vez
Para mim. "Que importa?"
Digo, mas só Deus sabe que o não creio.
Nem um casual mendigo à minha porta
Sentar-se veio. "Quem tem de ser?"
Não sofre menos quem o reconhece.
Sofre quem finge desprezar sofrer
Pois não esquece. Isto até quando?
Só tenho por consolação
Que os olhos se me vão acostumando
À escuridão.
Fernando Pessoa, 13-1-1920
De Anónimo a 24 de Fevereiro de 2006 às 00:22
Gosto bastante da poesia do nosso Fernando Pessoa...
:)isabel
(http://flordomeusegredo.blogs.sapo.pt)
(mailto:isabelmargaridalucio@hotmail.com)
De Anónimo a 22 de Fevereiro de 2006 às 18:51
Isso mesmo... continue a inspirar-se em Pessoa e o seu blog irá de vento em poupa. Há imensos sites com as obras dele ;) deixo-lhe aqui um...
http://www.insite.com.br/art/pessoa/ (http://www.insite.com.br/art/pessoa/)
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